O que existia em Corbélia no ano de 1955?



Para ilustrar esta publicação, trago hoje uma matéria que busca apresentar alguns fatos e, ao mesmo tempo, nos fazer refletir sobre como era a vida não apenas em Corbélia, mas também a realidade de tantos outros municípios na década de 1950. Começo falando da nossa maravilhosa Cidade das Flores.

O que temos documentado sobre Corbélia em 1955? Em 10 de janeiro daquele ano foi registrado o Loteamento Patrimônio Corbélia, correspondente ao loteamento original e mais antigo do município. Naturalmente, com o passar do tempo, outros bairros e loteamentos foram sendo criados.

Em 1955, Corbélia completava seu segundo aniversário. Você pode estar pensando que estou equivocado, já que Corbélia só se emancipou em 1961, mas não estou. A partir de 1961, comemoramos o aniversário de emancipação político-administrativa; porém, antes disso, já existia história, já existia um nome. Essa trajetória começa em 1953, ano em que muitas coisas aconteceram: ruas foram abertas, surgiu a primeira igreja, chegou o primeiro padre, ocorreu o primeiro culto luterano e houve a chegada definitiva da família Zanato, entre outros eventos importantes e marcantes, que merecem atenção em uma publicação à parte.

Também em 1955, segundo o que consta na legenda desta foto, extraída do livro A Saga de Iracema e Armando Zanato, o perímetro urbano de Corbélia contava com apenas 42 casas. Nesse mesmo ano, Corbélia teve seu primeiro banco, o Banquiri — Banco Agrícola Vale do Piquiri Ltda. Essa instituição financiava plantios, colheitas e, principalmente, a compra de ferramentas agrícolas, como trilhadeiras, carroças, bois, entre outros.

Ainda em 1955, foi instalada uma grande turbina no Rio Sapucaia para a geração de energia elétrica, considerada a primeira e mais notável micro usina hidrelétrica de Corbélia. Vale lembrar que, na época, era comum algumas famílias possuírem em suas casas um gerador movido à força da água, chamado de dínamo. Geralmente, esses equipamentos eram capazes apenas de acender algumas lâmpadas, carregar baterias ou, desligando todas as lâmpadas, quem sabe ligar um ferro elétrico rudimentar da época.

Também nesse ano chegou a Corbélia a primeira trilhadeira, uma máquina da marca Vencedora, número 2. Inclusive, temos uma matéria exclusiva sobre esse tema aqui no site. Clique para saber mais.

Poderíamos citar outros feitos e eventos que marcaram Corbélia em 1955, mas, de modo geral, sabe-se que era uma cidade predominantante agrícola, com poucos comércios, como a venda de Ivo Ferreira de Farias, o Correio/Rodoviária de Deomilton Piksius, o popular Nenê Piksius, além de alguns outros pequenos estabelecimentos.

A você que viveu essa época, gostaríamos de fazer um convite: que tal complementar esta postagem? Deixe seu comentário no campo abaixo. Caso seja algo relevante, poderemos editar esta publicação ou, no mínimo, permitir que outras pessoas tenham acesso ao seu relato.



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