Esta publicação tem como objetivo resgatar memórias daquela que foi a primeira capela de Corbélia-PR. As imagens originais sempre fazem parte de nossas publicações, para que você possa tirar suas próprias conclusões. As recuperações digitais, especialmente as colorizadas, nem sempre trazem fidelidade absoluta às cores originais. No entanto, no caso desta imagem, segundo Elcio Zanato, filho do fundador da cidade, Armando Zanato, as cores eram exatamente estas: a capela era branca, com janelas cor-de-rosa. Abro aspas para a fala de Elcio:
“Eu te digo isso com absoluta certeza, porque eu, menino, ajudei a pintar essas janelas. Isso eu lembro como se estivesse conversando contigo agora. Lembro ainda que, à direita da capela, havia uma caneleira muito grossa, e eu gostava de observar os tucanos comendo as frutinhas dela.”
A localização dessa capela corresponde ao local onde hoje se encontra a Praça Paraguai. Segundo Elcio, ela ficava aproximadamente na metade do quarteirão formado pelas Avenidas Minas Gerais e Espírito Santo, pela Rua Gardênia e pela Avenida Santa Catarina. O local aproximado está sinalizado na imagem abaixo.
Essa capela foi construída possivelmente entre os anos de 1953 e 1954, logo após a chegada do Padre Bernardo Lübe, o primeiro padre de Corbélia. Por um período, o espaço também funcionou como escola.
Uma curiosidade que merece destaque: segundo informações do livro A Saga de Iracema e Armando Zanato, o primeiro sino dessa capela era, na verdade, uma ponta de eixo presa a uma mola. Exatamente isso. Pela falta de recursos iniciais, foi improvisado um sistema simples, porém funcional para a época: batia-se com um objeto metálico nessa ponta de eixo, que produzia uma sonoridade satisfatória. O Sino ficava pendurado na Casa do Vigário, essa casa foi construída tempos depois, por isso não aparece em todas as imagens, segundo Emir Zanato, também filho de Armando, essa casa ficava, olhando de frente a esquerda da capela, e era interligada por uma espécie de passarela de tábuas.
Em conversa com Loiva Mânica, nora de Francisco Mânica, também fundador de Corbélia e sócio de Armando, a família dela chegou em Corbélia em 1959 e nesse ano moraram por um tempo nessa capela, que já estava desativada para esses fins e serviu de moradia, inclusive para outras famílias.
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As imagens desta publicação pertencem ao acervo da Família Zanato, e a recuperação digital foi realizada por Jaciano Eccher.
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FOTOS ORIGINAIS:







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